A grande festa da família de Deus, Missa.
A alegria da ressurreição do Senhor é o que nos leva a nos reunir como família de Deus para celebrar a vitória definitiva da vida sobre a morte, numa grande festa, a Missa.
A Igreja reconhece o Domingo como o dia por excelência dessa celebração. Devido à tradição apostólica que tem origem no próprio dia da ressurreição de Cristo, a Igreja celebra o mistério pascal a cada oitavo dia, no dia chamado com razão o dia do Senhor ou Domingo. O dia da ressurreição de Cristo é ao mesmo tempo o primeiro dia da semana, memorial do primeiro dia da criação, e o oitavo dia, em que Cristo, depois do seu repouso do grande Sábado, inaugura o dia que o Senhor fez. A Ceia do Senhor é o centro, pois é aqui que toda comunidade dos fiéis se encontra com o Senhor ressuscitado. (CIC 1166).
Na Missa, a comunidade de fé se encontra para escutar a Palavra de Deus, lembrar-se da paixão, ressurreição e glória do Senhor Jesus, partilharem sua vida à luz da ressurreição e sair com a missão de anunciar Jesus Cristo e dar testemunho de sua fé demonstrando a alegria de ter participado da celebração do Cristo ressuscitado.
Como ponto central da comunidade de fé, a celebração da Missa deve envolver toda a vida de cada cristão. Desde a tomada de decisão de ir à Missa até a vivência do envio nela recebido durante toda a semana se exercita a dinâmica do mistério pascal de morrer para o pecado e ressurgir para a vida.
A celebração da Missa é também chamada de celebração da Eucaristia e é expressa por vários gestos, símbolos e atitudes.
RITOS INICIAIS
Entrada do Celebrante: Vai começar a Celebração. É o nosso encontro com Deus, marcado pelo próprio Cristo. Jesus é o orante máximo que assume a Liturgia oficial da Igreja e consigo a oferece ao Pai. Ele é a cabeça e nós os membros desse corpo. Por isso nos incorporamos a Ele pra que nossa vida tenha sentido e nossa oração seja eficaz.
Saudação: O padre dirige-se aos fiéis fazendo o sinal da cruz. Essa expressão "EM NOME DO PAI E DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO", tem um sentido bíblico. Nome em sentido bíblico quer dizer a própria pessoa. Isto é iniciamos a Missa colocando a nossa vida e toda a nossa ação nas mãos da Santíssima Trindade. O sinal da cruz, significa que estamos na presença do Senhor e que compartilhamos de Sua autoridade e de Seu poder.
Ato penitencial: É um convite para cada um olhar dentro de si mesmo reconhecer e confessar os seus pecados, o arrependimento deve ser sincero. É um pedido de perdão que parte do coração com um sentido de mudança de vida e reconciliação com Deus e os irmãos.
Hino de louvor: O Glória é um hino de louvor à Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. No Glória (um dos primeiros cânticos de louvor da Igreja), entramos no louvor de Jesus diante do Pai, e a oração d’Ele torna-se nossa.
Oremos: A oração é seguida de uma pausa este é o momento que o celebrante nos convida a nos colocarmos em oração. Durante esse tempo de silêncio cada um faça mentalmente o seu pedido a Deus. Em seguida o padre eleva as mãos e profere a oração, oficialmente, em nome de toda a Igreja. Nesse ato de levantar as mãos o celebrante está assumindo e elevando a Deus todas as intenções dos fiéis. Após a oração todos respondem AMÉM, para dizer que aquela oração também é sua.
Liturgia da Palavra: Quando se inicia a Liturgia da Palavra, peçamos ao Espírito Santo que nos fale por intermédio dos versículos bíblicos: que as leituras sejam para nós palavras de sabedoria, discernimento, compreensão e cura.
Primeira Leitura: Geralmente é tirada do Antigo Testamento, onde se encontra o passado da História da Salvação. O próprio Jesus nos fala que nele se cumpriu o que foi predito pelos Profetas a respeito do Messias.
Salmo responsorial: Antecede a segunda leitura, é a nossa resposta a Deus pelo que foi dito na primeira leitura. Pode ser cantado ou recitado.
Segunda leitura: É tirada das Cartas, Atos ou Apocalipse. As cartas são dirigidas a uma comunidade a todos nós.
Canto de aclamação ao Evangelho: É uma espécie de aplauso para o Senhor que vem nos falar.
Toda a Assembleia está de pé, numa atitude de expectativa para ouvir a Mensagem. A Palavra de Deus solenemente anunciada, não pode estar "dividida" com nada: com nenhum barulho, com nenhuma distração, com nenhuma preocupação. É como se Jesus, em Pessoa, se colocasse diante de nós para nos falar. A Palavra do Senhor é luz para nossa inteligência, paz para nosso Espírito e alegria para nosso coração.
Homilia: É a interpretação de uma profecia ou a explicação de um texto bíblico. “Na homilia atualiza o que foi dito há dois mil anos e nos diz o que Deus está querendo nos dizer hoje”. É o próprio Jesus quem nos fala e nos convida a abrir nossos corações ao seu amor.
Profissão de fé: Nessa oração, de pé, professamos a fé do nosso Batismo.
A fé é à base da religião, o fundamento do amor e da esperança cristã. Crer em Deus é também confiar Nele. Creio em Deus Pai, com essa atitude queremos dizer que cremos na Palavra de Deus que foi proclamada e estamos prontos para pô-la em prática.
Oração da comunidade (Oração dos fiéis): Colocamos nas mãos de Deus as nossas preces de maneira oficial e coletiva. Mesmo que o meu pedido não seja pronunciado em voz alta, eu posso colocá-lo na grande oração da comunidade. Assim se torna oração de toda a Igreja.
E ainda de pé rogamos a Deus pelas necessidades da Igreja, da comunidade e de cada fiel em particular. Nesse momento fazemos também nossas ofertas a Deus.
LITURGIA EUCARÍSTICA
Na Missa ou Ceia do Senhor, o Povo de Deus é convidado e reunido, sob a presidência do sacerdote, que representa a pessoa de Cristo para celebrar a memória do Senhor.
Vem a seguir o momento mais sublime da missa: é a renovação do Sacrifício da Cruz, agora de maneira incruenta, isto é, sem dor e sem violência. Pela ação do Espírito Santo, realiza-se um milagre contínuo: a transformação do pão e do vinho no Corpo e no Sangue de Jesus Cristo. É o milagre da Transubstanciação, (as substâncias mudam de forma) pelo qual Deus mantém as aparências do pão e do vinho (matéria) mesmo que tenha desaparecido a substância subjacente (do pão e do vinho). Ou seja, a substância agora é inteiramente a do Corpo, Sangue, a Alma e a Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, embora as aparências sejam a do pão e do vinho.
Procissão das oferendas
As principais ofertas são o pão e vinho. Essa caminhada, levando para o altar as ofertas, significa que o pão e o vinho estão saindo das mãos do homem que trabalha. As demais ofertas representam igualmente a vida do povo, a coleta do dinheiro é o fruto da generosidade e do trabalho dos fiéis. Deus não precisa de esmola porque Ele não é mendigo e sim o Senhor da vida. A nossa oferta é um sinal de gratidão e contribui na conservação e manutenção da casa de Deus. Na Missa nós oferecemos a Deus o pão e o vinho que, pelo poder do mesmo Deus, mudam-se no Corpo e Sangue do Senhor. Um povo de fé traz apenas pão e vinho, mas no pão e no vinho, oferece a sua vida. O sacerdote oferece o pão a Deus. Na sua encarnação, Jesus assumiu a nossa humanidade e reuniu, em si, Deus e o Homem, na Missa, nos unimos a Cristo para formar um só corpo com Ele. O celebrante lava as mãos, essa purificação das mãos significa uma purificação espiritual do ministro de Deus.
Santo: Prefácio é um hino "abertura" que nos introduz no Mistério Eucarístico. “Por isso o celebrante convida a Assembleia para elevar os corações a Deus, dizendo Corações ao alto”! É um hino que proclama a Santidade de Deus e dá graças ao Senhor.
Consagração do pão e vinho: O celebrante estende as mãos sobre o pão e vinho e pede ao Pai que os santifique enviando sobre eles o Espírito Santo. Por ordem de Cristo e recordando o que o próprio Jesus fez na Ceia e pronuncia estas palavras "TOMAI, TODOS...
O celebrante faz uma genuflexão para adorar Jesus presente sobre o altar. Em seguida recorda que Jesus tomou o cálice em suas mãos, deu graças novamente, e o deu a seus discípulos dizendo: "TOMAI...... "FAZEI ISTO" aqui cumpre-se a vontade expressa de Jesus, que mandou celebrar a Ceia.
"EIS O MISTÉRIO DA FÉ" Estamos diante do Mistério de Deus. E o Mistério só é aceito por quem crê.
Por Cristo, com Cristo e em Cristo: Neste ato de louvor o celebrante levanta a Hóstia e o cálice e a assembleia responde amém.
Pai nosso: Jesus nos ensinou a chamar a Deus de Pai e assim somos convidados a rezar o Pai-Nosso. É uma oração de relacionamento e de entrega. Ao nos abrirmos ao Pai, uma profunda sensação de integridade e descanso toma conta de nós. Como cristãos, fazer a vontade do Pai é tão importante para nosso espírito quanto o alimento é para nosso corpo.
A paz: Após o Pai-Nosso, o sacerdote repete as palavras de Jesus: “Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz”. A paz é um dom de Deus. É o maior bem que há sobre a terra. Que paz é essa da qual fala Jesus? É o amor para com o próximo. Às vezes vamos à Igreja rezar pela paz no mundo, mas não estamos em paz conosco ou com nossas famílias.
Fração do pão: O celebrante parte da hóstia grande e coloca um pedacinho da mesma dentro do cálice, que representa a união do Corpo e do Sangue do Senhor num mesmo Sacrifício e mesma comunhão.
Cordeiro de Deus: Tanto no Antigo como no Novo Testamento, Jesus é apresentado como o "cordeiro de Deus".
Comunhão: A Eucaristia é um tesouro que Jesus, o Rei imortal e eterno, deixou como Mistério da Salvação para todos os que nele crêem. Comungar é receber Jesus Cristo, Reis dos Reis, para alimento de vida eterna. À mesa do Senhor recebemos o alimento espiritual
A hora da Comunhão merece nosso mais profundo respeito, pois nos tornamos um só em Cristo. E sabemos que essa união com Cristo é o laço de caridade que nos une ao próximo. O fruto de nossa Comunhão não será verdadeiro se não vemos melhorar a nossa compaixão, paciência e compreensão para com os outros.
Modo de comungar: Quem comunga recebendo a hóstia na mão deve elevar a mão esquerda aberta, para o padre colocar a comunhão na palma da mão. Imediatamente, pega a Hóstia com a direita e comunga ali mesmo na frente do padre ou ministro. Ou direto na boca.
Pós comunhão: Depois de comungar temos alguns preciosos minutos em que Nosso Senhor Jesus Cristo nos tem. Perguntemos corajosamente: Senhor, que queres que eu faça? E estejamos abertos para ouvirmos a resposta. Quantos milagres e quantas curas acontecem nesse momento em que Deus está vivo e presente em nós!
Rito final: Seguem-se a Ação de Graças e os Ritos Finais. Despedimo-nos, e é nessa hora que começa nossa missão: testemunhar o Amor em nossos gestos, palavras a ações.
Benção Final: É preciso valorizar mais e receber com fé a benção solene dada no final da Missa. E a Missa termina com a benção.
Bíblia em Família – Ler: 1ª Carta aos Coríntios capítulo 11 versículos de 23 ao 28
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Qual a recomendação que Jesus faz a “nós cristãos”? E qual é a nossa responsabilidade?