Relações Humanas e Interpessoais

 

“Pensamos demais e sentimos muito pouco.

Mais do que de máquinas, precisamos é de humanidade.

Mais do que de inteligência, precisamos é de bondade e compreensão”. Charlie Chaplin.

 

O que são relações humanas interpessoais?

As relações humanas interpessoais constituem o centro de nossa vida. Estão na origem de nossas experiências mais felizes e mais dolorosas. Foram sempre difíceis e, às vezes, penosas.

Jesus Cristo, o melhor modelo de relações humanas e interpessoais. Tão humano, tão humano foi, que só poderia se Filho de Deus. Daí, a humanidade se revela como o melhor caminho de reconhecimento da divindade criadora. Se somos criados à imagem e semelhança de Deus, ao nos humanizarmos, mais e mais vamos redescobrindo o caminho esquecido em meio a tantas desumanizações. Eis a melhor forma de compreendermos os santos e santas de hoje: a via da humanização e das relações interpessoais.

O homem/mulher começa a ser pessoa quando é capaz de relacionar-se com os outros, rompendo o mundo da identidade infantil em que se move nos primeiros anos de sua vida. Quando se torna capaz de dar e receber, em seu relacionamento com os pais, irmãos e outras pessoas, a sua responsabilidade vai se definindo. A sua identidade vai se construindo.

Ninguém está pronto, acabado. Ninguém se basta a si mesmo, o que pressupõe o encontro com o outro como forma de maturação mútua da personalidade, de auto-conhecimento. Subentende ainda a superação do isolamento vivencial e existencial com o outro, pois ninguém é uma ilha, nem se constrói do nada. Precisamos facilitar e melhorar a convivência entre nós nos diversos ambientes em que vivemos. Mas, para isso é preciso melhorar sempre nossa comunicação.

 

A comunicação

Através da comunicação humana, o que obtemos como posse comum é nós mesmos. Através de nossos atos de partilhar (comunicar), conhecemos e somos conhecidos. Você partilha o dom de si mesmo comigo e eu partilho o dom de mim mesmo com você...Parece óbvio que a comunicação humana é a alma e o impulso vital de todo relacionamento. Todavia, muitas vezes o óbvio parece ser mais difícil de ser enxergado do que o seu contrário.

De Alguma forma percebemos que nossas vidas parecem ter a mesma qualidade dos nossos relacionamentos. Somos aproximadamente tão felizes quanto felizes são nossos relacionamentos. Para nós, existir é existir com um outro ou outros, que me conferem sentido de vida. Daí a qualidade de nossa existência depender de nossos relacionamentos.

Relacionamento interpessoal exige “conhecimento mútuo”. Toda boa comunicação começa a partir desse princípio. Eu não posso me comunicar bem com o outro, se eu ignoro “quem ele é”. Muitas rupturas (amorosas, profissionais, de projetos comunitários, de amizades, entre pais e filhos, dentre outros) acontecem porque, na verdade, as pessoas não se conhecem, não se comunicam com profundidade. Esta é a base essencial de nossa felicidade: a comunicação.

 

 

Pois os homens e as mulheres não são somente eles mesmos. São a região onde nasceram, a casa da cidade onde aprenderam a andar, as brincadeiras que brincaram na infância, as conversas fiadas que ouviram por acaso, os alimentos que comeram, as escolas que freqüentaram, os esportes que praticaram, os poemas que leram e o Deus em que creram”.

 

Somerset Mugham em “O fio da Navalha”